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domingo, 11 de maio de 2014

"O homem é o lobo do homem"


David Robinson relata em sua biografia sobre Charles Chaplin, o assédio dos ávidos aproveitadores, pelas migalhas deste gênio. 

“...um artigo que apareceu no Pravda e subsequentemente foi publicado no New York Times, no qual Boris Shumyatsky, chefe da organização estatal de cinema soviética, alegava ter visitado o estúdio de Chaplin durante uma viagem a Hollywood e ter convencido Chaplin a mudar o final de Tempos Modernos para torná-lo ideologicamente aceitável.” 

A intenção de Shumyatsky, que servia ao regime estalinista era de “afirmar que ele podia coagir o mais famoso cineasta de Hollywoood e do mundo a refazer seu filme para se adequar ao cânon “socialista-realista”. 

“O artigo do New York Times irritou o estúdio (de Chaplin) o bastante para Alf Reeves (assessor de imprensa de Charlie) fazer uma coletiva de imprensa em que reassegurou aos jornalistas que “ninguém podia dizer coisas desse tipo a Chaplin. Como vocês sabem, ele (Chaplin) tem seu próprio modo de fazer as coisas e suas próprias idéias, sempre”. Ele ainda disse que Shumyatsky encontrou “significados sociais terríveis e profundos” em sequências que tinham a intenção de serem engraçadas”. 

“Mesmo o FBI não levou a sério essa picuinha, embora os apologistas posteriores da campanha reacionária contra Chaplin tenham revivido isso como “prova” de que Chaplin era um servo de Moscou”. 

Charles Chaplin foi acusado formalmente pelo governo norte-americano de comunista, embora não tenha havido indícios sobre a inclinação ideológica deste ator. 

Assim como o gênio do Chaplin, que foi incomodado por ter sido rotulado a favor de “causas”, o homem é vítima do próprio homem. O próprio Shumyatsky foi morto por ordem de Stalin em 1939. 

As ideologias são danosas em vários aspectos, tanto para aqueles que a abraçam quanto para os que as combatem. Somos como gado conduzido por manipuladores e detentores dos poderes. Vítimas inocentes de um processo institucionalizado que ignora o amor pelo próprio semelhante. 

Os homens continuam escravos dos ambiciosos, dos gananciosos, daqueles em que o poder os domina. São pessoas desprovidas de sentimento e de compaixão. 

No interior da nossa alma brasileira se encontra o homem desprovido de formação. Completamente ignorado e a mercê da própria sorte. Não importa o regime ideológico no poder, todos ignoram a educação neste país. Todos dão as costas ao ensino e a instrução deste povo. 

Sai governo e entra governo, sai direita e entra esquerda, e o povo continua abandonado à mercê da própria sorte. No Brasil todos aqueles que tentaram investir em educação acabaram, de uma forma ou de outra, na penúria política. Não existem mesmo perspectivas para que esse povo deixe de ser escravo da ignorância.
 
Charles Chaplin foi um gênio e amava o seu semelhante. Mesmo assim foi perseguido. Sua visão de liberdade estava além de seu tempo. 

A Globo e a estrela do PT.


A Globo perde uma estrela... Dia 4 de abril deste ano morreu José Wilker.

Eu não me encontrava no Brasil nas campanhas eleitorias de 2002 e de 2006, mas na campanha de 1998, José Wilker, sem dúvida alguma, “doava” o seu talento para eleger o Lula, juntamente com, Malu Mader, José de Abreu, Pedro Paulo Rangel, Fernanda Montenegro, Paulo Betti, Bete Mendes, etc. 
 
A imagem é muito importante pois transmite-se instantaneamente. Em nosso país cujos índices de analfabetismo são muito elevados (somos a oitava maior população de analfabetos adultos do mundo), é na imagem, que esses indivíduos irão se balizar. 

O analfabeto assim como os “analfabetos culturais” são vítimas fáceis da imagem. A falta de investimentos maciços na educação em nosso país, escravisa o cidadão, deixando-o vítima do próprio destino. 

O Estado brasileiro já não tem mais desculpas para não investir tudo na educação. Antes a economia era a grande vilã, a grande responsável pelos nossos problemas. Hoje graças aos nossos esforços, graças aos esforços do passado com o Plano Real, a nossa economia está indo bem, e quanto a nossa educação? 

Vejo a educação brasileira, assim como via a nossa economia, nos tempos da antigas missões do FMI: um caso muito grave de interferência em nossa soberania, porém necessária, diante de tanta incompetência dos nossos antigos ministros da fazenda. 

Assim está a nossa educação de hoje, precisando urgentemente de um “plano real”, uma interferência radical, para que seja permitido ao nosso povo de: pensar, sonhar, decidir, optnar, viver livremente, sem a estúpida escravidão e a servidão da alienação, interferência que permita “abrir os nossos olhos” contra os vícios da ignorância. 

O idiota é aquele para qual a imagem substitui a razão. Em um país de idiotas fica muito fácil a manipulação através das imagens. O poder subliminar da “propaganda” vastamente utilizado pelos regimes ditatoriais, tanto de direita quanto de esquerda, são armas poderosas nas mãos desses ditadores. 

Sem quaisquer escrúpulos esses facínoras se utilizam dessas armas (atores, atrizes, músicos, gente famosa, cartazes, símbolos – a suástica nazista é um exemplo disso, cores, logotipos, etc.). Substituir os símbolos nacionais e institucionalizados de Município, Estado ou Governo, por marcas ou logomarcas, como ferramenta para “carimbar” uma imagem nas mentes desprovidas de conhecimento do povo analfabeto ou ingênuo, é hoje, um modismo radical vastamente praticado pelos “políticos tupiniquim”. 

A reboque disso segue a nossa emissora de TV mais famosa. A Rede Globo nasceu e cresceu como um “filhote da ditadura”. Aproveitou-se e se aproveita através dos anos, para se manter ao lado do poder em uma sociedade “dependente” do “ranço autoritário”. 

Esta permanecia através dos anos, sob as sombras dos poderes, me faz lembrar o filme de Woody Allen, “Zelig”: “Nos anos 20 é descoberto um homem, Leonard Zelig (Woody Allen) com a incrível capacidade de mudar de aparência, metamorfoseando-se em alguém similar àqueles que o rodeiam, quer fisicamente (fosse um negro, um oriental, alguém extremamente gordo), quer em termos de aptidões (médico, pugilista, aviador, etc.). O fenómeno torna-se motivo de interesse nos jornais e filmes noticiosos, e Zelig passa a ser conhecido como o homem camaleão” (Zelig, 1983, fonte: A Janela Encantada). 

Assim são os déspotas, “pão e circo”, novelas de manhã, de tarde e de noite, nada além de sexo e bobagens! Se um dia os déspotas “permitirem” que este povo possa ter acesso à educação livre e democrática, neste dia, esses déspotas não mais existirão!

O MODELO

Penso que não se deve adotar o modelo. O MODELO pode servir para uma determinada cultura, e não para as demais. Será que existe mesmo a internacionalização, a multinacionalização, a multinacional, a globalização e tudo mais? Cada cultura navega nesta vida com a sua própria forma de pensar e agir. Não sei se poderemos impor tais modelos “guela-à-baixo”. Mas ao que parece ser o ilimitado para a comunicação, ficará difícil evitar a universalidade da vida. Só a cultura mais forte sobreviverá e prevalecerá sobre as demais.

AO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO


Senhor Roberto Gurgel Procurador-Geral da República.

Venho através desta carta fazer um alerta.

Busco o Ministério Público graças ao grande suporte que esta instituição alcançou, devido a todos nós brasileiros, durante a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que maliciosamente, tentava reduzir os poderes de investigação deste importante Ministério.

O Brasil precisa viver a liberdade. O Brasil precisa se livrar dos ranços autoritários do passado. Não podemos mais viver oprimidos e exilados da verdadeira Democracia!

Ainda vivemos acuados pelas “vontades próprias” impostas por nossos governantes, que se utilizam das instituições administrativas do Estado, para a autopromoção partidária e, verdadeiramente, pessoal.

Refiro-me aos logotipos, às logomarcas, símbolos de identificação partidária em substituição ao brasão governamental. São verdadeiros materiais propagandísticos, criados com intuito ideológico de identificar, de diferenciar, através desses sinais, a presença no seio do Estado, da preferência político-partidária. O Estado Democrático é para todos os cidadãos, e não para os sectários das legendas eleitas, sob as mesmas tão almejadas liberdades democráticas.

Pela Constituição do nosso país, possuímos os nossos brasões que são os identificadores dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O “modismo” atual é pela substituição, ou pela “disfarçada coabitação de concepção propagandística”, através das logomarcas ditas de governo, através de cores específicas, “marcando assim a quem, ou qual partido político”, “pertence” a representação nas administrações públicas.

Não vemos tais símbolos, se não, em estados totalitários, em momentos históricos cuja humanidade busca esquecer e abolir. Refiro-me aos partidos nazi-fascistas, às ditaduras, sejam elas quais forem de extrema-esquerda ou de extrema-direita.

Nosso país precisa evoluir para uma democracia. Não podemos mais suportar governos “identificando” suas administrações como o atual governo do DF está fazendo. O Brasão do GDF foi literalmente substituído por um símbolo partidário, um logotipo visando pura e simplesmente impregnar, partidariamente e ideologicamente, a estrutura administrativa, forçando a todos, agentes públicos e a população, a “aceitar” tais imposições.

São as frotas, os edifícios, os crachás, os documentos administrativos, tudo enfim, “manchados” com as cores e os símbolos subliminares, com um único intuito, o de tornar o que é público em privado!

Infelizmente esta prática está se disseminando em toda a esfera da administração pública, envolvendo os poderes Executivos em nosso país. Uma “contaminação” que precisa ser combatida para o benefício dos cofres públicos e para a construção salutar da nossa liberdade democrática.

Venho inclusive apelar, para a nobre e importante missão deste Ministério, que agora mais do que nunca, e com um respaldo singular recebido do povo brasileiro, na importante missão de nos defender!

Aproveito para cumprimentar o Procurador-Geral da República, o senhor Roberto Gurgel, homem de valor: o Brasil deve-lhe muito respeito!

Muito sinceramente,

Marco Antônio Santos De Amorim