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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Simplicidade.


As plantas são inteligentes.
Elas viverão e embelezarão com o que possuem.
Seja no imenso solo ou em um minúsculo vaso decorativo.

Acessibilidade nas edificações e em nossas vidas.

O termo Acessibilidade é bastante amplo. Assim como são os termos “Ergonomia” e “Sustentabilidade”.
 
Em nosso país, os conceitos de acessibilidade, ainda estão restritos às Normas e Portarias, sem mencionar os arquitetos e empreiteiros, que passam a se familiarizar, movidos pelas exigências profissionais. 

Porém, além dos conceitos básicos já incorporados, os critérios de acessibilidade, não deveriam fica restritos aos “cadeirantes” (palavra a meu ver depreciativa). 

A acessibilidade envolve o bem estar do homem. Desde poder exprimir a sua própria opinião respaldada pelos direitos Democráticos, quanto ao de poder estacionar o seu veículo sem avançar sobre o passeio, privando o pedestre da sua livre circulação, ou de, acabar por arranhar o pára-choque do carro, na parte inferior, devido à exagerada altura dos meios-fios.
 
No Distrito Federal e em Goiás, estado que normalmente circulo, é comum ver pedestres caminhando pelas rodovias. Ante ao risco de se atropelar um irmão, contribuindo assim para aumentar, os já elevados índices de mortes por atropelamentos, bastaria ao motorista observar que, aquele cidadão, não possui opção! Afinal onde estão as calçadas? 

Muitos dos acidentes, principalmente em Brasília, são devidos aos retornos de veículos à esquerda. Os engarrafamentos também são devidos a esses retornos. Carros desejando tomar à esquerda e outros à direita, verdadeiros “X” em curtas distâncias, ocasionando um emaranhado confuso e perigoso. 

Arquitetos ainda projetam vagas de estacionamentos, separando-as por ilhas de vegetação e iluminação com as vagas, como se fossem calçadas, elevadas vinte centímetros do nível do asfalto. Nesta tentativa de organização, acaba por desperdiçar áreas valiosas, ampliam-se as “barreiras arquitetônicas”, e, finalmente, a circulação do pedestre e a do PMR é negligenciada. 

O homem em algum momento de sua existência se torna uma Pessoa com a Mobilidade Reduzida – P.M.R. A Acessibilidade sendo universal, seus conceitos obrigam os projetistas (designers) a não se restringirem às “Pessoas em Cadeira de Rodas – P.C.R”. (parâmetros antropométricos contidos na ABNT NBR 9050:2004, página 5). 

Prefiro utilizar o parâmetro “PMR” da NBR 9050, que a meu ver, é bem mais amplo, e corresponde melhor, ao se reportar às vagas reservadas de estacionamentos, aos sanitários, aos assentos reservados, etc. 

A Pessoa com a Mobilidade Reduzida pode ser uma mulher grávida, uma mãe ou um pai com um bebê de colo, ou com carrinho de bebê, um (a) idoso ou um (a) jovem de bengala, uma pessoa obesa, etc. As barreiras urbanas e arquitetônicas são as grandes vilãs para a maioria dessas pessoas com a mobilidade reduzida. 

Sem desejar enveredar pela crítica a Brasília, o desenho urbano do Plano Piloto, definitivamente, não privilegiou o pedestre. Nem mesmo as artérias rodoviárias permitem a permeabilidade, causando filas quilométricas de engarrafamentos, verdadeiros “entupimentos dos vasos sanguíneos”. A simples inexistência de vias secundárias, ou de um anel rodoviário, revela a rigidez canalizada das vias entre Plano Piloto e as Satélites. 

O próprio discurso sobre os Pilotis, não se fundamenta, pelo fato de que um pedestre não pode circular entre eles, mas por cada um deles. Tente caminhar entre os pilotis sem ter que ser “barrado” por poços de acessos aos estacionamentos subterrâneos, ou por jardins, cercas vivas ou, simplesmente, por não existirem calçadas! 

“Quando a arquitetura não pensa o corpo padece”. Para evitar os semáforos e os cruzamentos, que “maculariam”, talvez, os cânones corbusianos, os nossos urbanistas preferiram criar as “tesourinhas” gerando assim, as centenas de mini viadutos entre as 100-300 e 200-400 das asas Sul e Norte. O custo disso somado daria para pavimentar e calçar, de uma maneira bem mais ampla, e ainda sobraria dinheiro. Além disso, “o pedestre que morra atravessando o Eixão”, pois infelizmente, além da total falta de acessibilidade das Passagens de Pedestres, o medo da violência, inibe o seu uso! 

O nosso país ainda não atingiu uma maturidade civilizada. Muitas das decisões de projeto poderiam focar nisto: o arquiteto é acima de tudo um profissional das ciências humanas, e a sua obrigação fundamental, é o de pensar no bem estar do homem. Talvez forçados pela violência que assola as nossas vidas, os arquitetos projetam barreiras, ao invés de projetar amor. 

Marco Antônio Santos De Amorim                            Brasília, 24 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Anjo ou demônio


DEUS E DEMO

O inferno e o paraíso vivos aqui.

Anjos e demônios coabitam.

O mal e o bem lado a lado.

O ódio e o amor.

A indiferença e a compreensão são vizinhas.

A tristeza e a alegria.

A morte e a vida.

O mal dá as mãos aos ignorantes e o bem é indiferente.

O bem destrói e o mal constrói.

O demônio fabrica e o anjo mantém.

O demônio enlouquece e o anjo ignora.

O anjo reza e o demônio paga o dízimo.

O inquietante aperfeiçoamento e a alienação da estupidez.

O paraíso e o inferno vivos aqui.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Arquiteto ou "cadista"?


Apenas mais uma ferramenta.

Por muito tempo pensei que, para ser um arquiteto, bastaria gostar de desenhar. Só que arquitetura é muito mais do que simples desenho.

Depois pensei que cursando uma faculdade de arquitetura, tirando o diploma, eu já seria um arquiteto. Depois pensei que se eu trabalhasse em um bom escritório, depois de formado, eu absorveria os conhecimentos, e me tornaria tão bom quanto o Lelé, com quem trabalhei durante seis meses, montando escolas pré-fabricadas.

Na verdade mesmo após cinco anos de formado, eu sinceramente, nunca me senti verdadeiramente arquiteto. Na verdade eu sentia que me faltava alguma coisa, algo que precisava ser alcançado.

Descobri longos anos depois, aproximadamente 15 anos, que ser arquiteto é estar compromissado com a profissão. O que seria tal compromisso? Uma constante busca pelo aperfeiçoamento.

Sabe quando um professor te reprova alegando que tua “bela” proposta não é lá grande coisa? Sabe quando você é um jovem arquiteto, e te enviam para fazer um levantamento, que deve durar, pelo menos, uns 15 dias, e tendo, inclusive, de trabalhar aos sábados e sozinho? Sabe quando o teu chefe fala na tua cara, quando você não rende o suficiente, que você não é arquiteto, mesmo após dez anos de formado?

Pois é, você descobre que, ser arquiteto, não é ter um simples diploma na mão. Le Corbusier, Wright não tinham!

Sem compromisso você não é arquiteto, nem doutor, nem professor nem coisa alguma de bom. Você pode até receber o salário no final do mês e sobreviver. Mas a quem você espera enganar?

Hoje muitos estão por ai desenhando e atendendo as exigências. Muitos estão muito bem acomodados. Mas quando são desafiados a “desenhar” uma simples “casa de cachorro”, dão um pulo ofendidos “isto não é missão para um arquiteto como eu”!

Muitos não conseguem ser arquitetos por que, simplesmente, não estão “casados” com a profissão. Muitos estão ali apenas pelo salário ou pelo ganho direto ou indireto. Muitos igualmente só querem ser “arquitetos de prancheta” e desconhecem as infinitas possibilidades profissionais.

Não é o status no qual você se encontra. Muito menos o dinheiro. Você pode até ter dezenas de contas de grandes empresários ou clientes, ser famoso e estar na mídia. Mais nada disso importa se você não possui o “compromisso”.

Este compromisso é o ideal. O ideal é o de oferecer o melhor de você para a sociedade. O compromisso é esquecer o que você vai merecer em troca. Se não houver uma dedicação integral, você jamais será um arquiteto.

Cumprir com este ideal é ter sempre o questionamento, a reflexão, o incansável gosto pela perfeição, procurar sair da “zona de conforto”. Não se faz arquitetura por inspiração e sim com transpiração.

Mal registramos os nossos diplomas e já almejamos estar no mesmo patamar de arquitetos com 20 ou 30 anos de formado. Chegamos aos 30 anos de formado e já queremos projetar como fazia o já falecido Hélio Ferreira Pinto.

Sábios são aqueles que diante do mestre, viram discípulos. Inteligente seria enveredar pela pesquisa, se dedicar ao máximo e sem contrapartidas pelo melhor e amplo resultado.

O que vemos hoje não são arquitetos, mas meros e exímios “cadistas”. Uma total inversão de valor onde o “desenho busca superar a proposta”. Um arquiteto não precisa necessariamente conhecer, ou estar atualizado, sobre a mais recente versão do software de projetação eletrônica para ser arquiteto. Mera ferramenta. Para um arquiteto até um texto pode substituir um desenho e continuar a ser projeto.

Hoje acima do desenho encontram-se as Leis, as Normas, as Portarias, que nos obrigam a sermos cautelosos com os nossos atos decisórios. Prioritariamente não é o desenho que importa, mas as informações normativas e legais contidas no bojo do trabalho. O desenho como referência, passa a ser uma ferramenta a mais, não a única!

Sem os verdadeiros respaldos normativos, sem o apoio das Leis, hoje, não se faz arquitetura, e isto, igualmente, não passa de mais um dos “galhos desta árvore”. Portanto, o conhecimento do arquiteto, é como uma grande pirâmide invertida, e a missão das universidades, é o de mostrar este verdadeiro percurso, longo e árduo, ao ambicioso estudante.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A História nos deixa lições...

A História nos deixa lições...

Não é nada fácil julgar os erros do passado. O clima pós segunda guerra mundial estava bem tenso, e o Brasil, não estava no comando do seu próprio destino, como ainda não está.

Não adianta a esquerda tentar culpar os militares pelos "erros" de um período antidemocrático de vinte anos. Não foi uma vontade histórica isolada. Tudo aconteceu porquê todos que participaram nas decisões pelo golpe político de 64, ou pela posse do vice-presidente Jango, políticos e militares, a sociedade civil, e a forte influência imperialista norte-americana, foram igualmente responsáveis, diretamente, por este período que o Brasil atravessou.

Hoje a chamada "comissão da verdade" só tem farpas para acusar os Militares. Esta "comissão" esquece de acusar os políticos, os empresários e suas empresas, a sociedade civil, tanto antes quando durante este período, que atuaram, para o efetivo progresso econômico do país, quanto para o controle e manutenção, deste período antidemocrático. São duas faces de uma mesma moeda. Mais para a atual esquerda falida brasileira, acusar políticos e empresários colaboracionistas, não faz o estilo politiqueiro, que vigora neste pobre país, de homens fracos e covardes!

Sem querer justificar ou pender a balança, já que sou filho de um militar, mais a história está ai mesmo, para exemplificar, o que realmente motivou, ou as razões, pelas quais os Militares brasileiros tiveram a coragem de "bater o martelo", na decisão pelo golpe político.

Desde de o império, que no seio do militar vigara o amor e a dedicação pelo Brasil. Tiradentes é um exemplo. Após a Proclamação da República, orquestrada tanto na caserna quanto pela igreja, pela maçonaria, pela sociedade política e civil, porém coube aos militares, executar o golpe sob comando de Deodoro. A partir deste momento, a credibilidade da eficiência moral, a probidade dos militares só cresceu no cenário político da velha república.

Floriano, Hermes da Fonseca, Vargas, Mascarenhas de Morais, General Lott, o próprio JK serviu e formou-se no seio da caserna como capitão-médico, Castelo Branco, sem citar os demais presidentes militares pós 64.

Diante de um panorama mundial dividido com a guerra fria, o Brasil mero fantoche (como ainda é, reforço) das grandes potências, não teve muito como se decidir sozinho. Enquanto Jango (hoje elevado a herói estrategicamente pelo governo atual ), negociava a sua volta como vice, e com os direitos constitucionais garantidos para se sentar no "trono", estava com sua comitiva confortavelmente protegida , em um luxuoso hotel parisiense, a desfrutar de conforto, champanhe, vida mundana, e telefonemas internacionais estupidamente caros na época, cumprindo a rotina do conchavo político, que todo safado brasileiro sabe realizar muito bem, a bem gastar e desfrutar do dinheiro público, ignorando a suas vocações socialistas (prática muito bem realizada atualmente pelo PT e adeptos).

O que este homem, igualmente responsável, por este período antidemocrático, pelo qual o Brasil foi obrigado a optar, havia de esperar? Em plena "queda de braços" entre EUA e a União Soviética, este sujeito, ingênuo e estúpido, resolve, como representante legal do Governo Brasileiro, visitar a China Comunista! 

Os EUA que já haviam engolido a condecoração de Che Guevara em pleno solo tupiniquim, não iriam deixar que esta reserva, flertasse com os adversários! Sabedores da força política que os militares brasileiros sempre tiveram, tudo ficou muito claro.

Mais o que mais me revolta contra àqueles que se acovardam diante da verdade, é supor que, um continente como o Brasil, com um suporte logístico militar de norte a sul à época, pudesse se comparar à uma ilha, ainda por cima, com apenas 50% de seu território nas mãos dos EUA, que é Cuba. Se a exportação da revolução comunista cubana não funcionou na Bolívia, porquê os ingênuos militantes brasileiros na clandestinidade, haveriam de supor, que poderia funcionar aqui?

A grande oportunidade da verdadeira Guerra Civil, que poderia ter ocorrido, durante este triste período da fragilidade nacional, foi perdida pela decisão covarde de João Gullar ao fugir com o "rabo entre as pernas" para o Uruguai. O General Peri Bevilaqua, o Tenente-coronel Ignacio Batista Cardoso, o General Oromar Osório, todos esses militares do Exército brasileiro, apoiavam a Rede da Legalidade de Brizola, e esta grande e rica oportunidade, para que este país pudesse mostrar ao mundo, do que o brasileiro é feito, foi jogado fora com um ato de fragilidade e covardia, de um homem, que não possuía mesmo, a força moral para assumir o comando desta nação.

Marco Antônio Santos de Amorim

SUBLIMINAR

Símbolos x Logomarcas

“Os Símbolos Nacionais do Brasil foram definidos na Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971. Além de estabelecer quais são os símbolos, esta lei também fez determinações sobre como devem ser usados, padrões e formatos, significados, etc. Estes símbolos são de extrema importância para nossa nação, pois representam o Brasil dentro e fora do território nacional. Logo, devem ser respeitados por todos os cidadãos brasileiros. Os Símbolos Nacionais são usados em cerimônias, documentos oficiais, eventos e localidades oficiais!”

Mas parece que aqueles que deveriam respeitar este texto constitucional, fazem exatamente o contrário, fazendo o Estado, seu próprio quintal!

É típico de um país subdesenvolvido, e primitivo como o nosso, desvirtuar tudo, em prol de interesses pessoais e ego-centristas (assim como fizeram os nazistas). É o que vemos hoje: a máquina administrativa sendo utilizadas como empresa privada!

O governo eleito pelo voto direto, decide que pode governar em causa própria. A partir de uma total falta de reflexão, tosca e medíocre, ele cria uma identidade visual, uma logomarca, que imediatamente, passa a ser amplamente difundida, como “a cara do meu governo”!

Logo toda a máquina administrativa é “remarcada” com as cores partidárias, que imediatamente, substituem os símbolos constituídos: são tipologias próprias como “GDF” em negrito e nas cores azul, amarelo e vermelho.

O brasão, os símbolos, a bandeira do governo são postos de lado! Ai tudo, absolutamente tudo, passa a receber a “marca registrada” inconfundível e subliminar, indicando que quem está no poder, não é um representante democrático do povo, mas um partido político! O mesmo recurso propagandístico que o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, orientado por Joseph Goebbles, idealizou para unir e aterrorizar o povo alemão entre 1933 a 1945. São ambulâncias, hospitais, escolas, uniformes escolares, documentos, crachás, etc., tudo para identificar e ficar presente, nas ruas e nas mentes, de todos. As empresas de publicidade agradecem! Viva o governo virtual!

Dinheiro farto que poderia ser empregado de maneira efetiva e não eleitoreira. Assim, no próximo mandado, caso assuma o concorrente, por sua vez, decidirá, repintar tudo, outra vez, marcando assim, um território público, em privado. Isto tudo é inconstitucional!

Hitler morreu, mais infelizmente, deixou péssimas lições!

Marco Antônio Santos de Amorim