A História nos deixa lições...
Não é nada fácil julgar os erros do passado. O clima pós segunda guerra mundial estava bem tenso, e o Brasil, não estava no comando do seu próprio destino, como ainda não está.
Não adianta a esquerda tentar culpar os militares pelos "erros" de um período antidemocrático de vinte anos. Não foi uma vontade histórica isolada. Tudo aconteceu porquê todos que participaram nas decisões pelo golpe político de 64, ou pela posse do vice-presidente Jango, políticos e militares, a sociedade civil, e a forte influência imperialista norte-americana, foram igualmente responsáveis, diretamente, por este período que o Brasil atravessou.
Hoje a chamada "comissão da verdade" só tem farpas para acusar os Militares. Esta "comissão" esquece de acusar os políticos, os empresários e suas empresas, a sociedade civil, tanto antes quando durante este período, que atuaram, para o efetivo progresso econômico do país, quanto para o controle e manutenção, deste período antidemocrático. São duas faces de uma mesma moeda. Mais para a atual esquerda falida brasileira, acusar políticos e empresários colaboracionistas, não faz o estilo politiqueiro, que vigora neste pobre país, de homens fracos e covardes!
Sem querer justificar ou pender a balança, já que sou filho de um militar, mais a história está ai mesmo, para exemplificar, o que realmente motivou, ou as razões, pelas quais os Militares brasileiros tiveram a coragem de "bater o martelo", na decisão pelo golpe político.
Desde de o império, que no seio do militar vigara o amor e a dedicação pelo Brasil. Tiradentes é um exemplo. Após a Proclamação da República, orquestrada tanto na caserna quanto pela igreja, pela maçonaria, pela sociedade política e civil, porém coube aos militares, executar o golpe sob comando de Deodoro. A partir deste momento, a credibilidade da eficiência moral, a probidade dos militares só cresceu no cenário político da velha república.
Floriano, Hermes da Fonseca, Vargas, Mascarenhas de Morais, General Lott, o próprio JK serviu e formou-se no seio da caserna como capitão-médico, Castelo Branco, sem citar os demais presidentes militares pós 64.
Diante de um panorama mundial dividido com a guerra fria, o Brasil mero fantoche (como ainda é, reforço) das grandes potências, não teve muito como se decidir sozinho. Enquanto Jango (hoje elevado a herói estrategicamente pelo governo atual ), negociava a sua volta como vice, e com os direitos constitucionais garantidos para se sentar no "trono", estava com sua comitiva confortavelmente protegida , em um luxuoso hotel parisiense, a desfrutar de conforto, champanhe, vida mundana, e telefonemas internacionais estupidamente caros na época, cumprindo a rotina do conchavo político, que todo safado brasileiro sabe realizar muito bem, a bem gastar e desfrutar do dinheiro público, ignorando a suas vocações socialistas (prática muito bem realizada atualmente pelo PT e adeptos).
O que este homem, igualmente responsável, por este período antidemocrático, pelo qual o Brasil foi obrigado a optar, havia de esperar? Em plena "queda de braços" entre EUA e a União Soviética, este sujeito, ingênuo e estúpido, resolve, como representante legal do Governo Brasileiro, visitar a China Comunista!
Os EUA que já haviam engolido a condecoração de Che Guevara em pleno solo tupiniquim, não iriam deixar que esta reserva, flertasse com os adversários! Sabedores da força política que os militares brasileiros sempre tiveram, tudo ficou muito claro.
Mais o que mais me revolta contra àqueles que se acovardam diante da verdade, é supor que, um continente como o Brasil, com um suporte logístico militar de norte a sul à época, pudesse se comparar à uma ilha, ainda por cima, com apenas 50% de seu território nas mãos dos EUA, que é Cuba. Se a exportação da revolução comunista cubana não funcionou na Bolívia, porquê os ingênuos militantes brasileiros na clandestinidade, haveriam de supor, que poderia funcionar aqui?
A grande oportunidade da verdadeira Guerra Civil, que poderia ter ocorrido, durante este triste período da fragilidade nacional, foi perdida pela decisão covarde de João Gullar ao fugir com o "rabo entre as pernas" para o Uruguai. O General Peri Bevilaqua, o Tenente-coronel Ignacio Batista Cardoso, o General Oromar Osório, todos esses militares do Exército brasileiro, apoiavam a Rede da Legalidade de Brizola, e esta grande e rica oportunidade, para que este país pudesse mostrar ao mundo, do que o brasileiro é feito, foi jogado fora com um ato de fragilidade e covardia, de um homem, que não possuía mesmo, a força moral para assumir o comando desta nação.
Marco Antônio Santos de Amorim