"De simples empresa espoliativa e extrativa - idêntica
à que na mesma época estava sendo empreendida na costa da
África e nas índias Orientais - a América passa a constituir parte
integrante da economia reprodutiva européia, cuja técnica e
capitais nela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo
de bens destinados ao mercado europeu."
Celso Furtado - Formação Econômica do Brasil.
Alguém duvida de que até os nossos dias atuais, esta condição de "celeiro" de Portugal e das demais nações mais evoluídas, no Brasil ainda se perdura?
Compare então os bens de consumo que dispomos em nossos mercados. Compare a diferença entre os produtos importados e os "made in Brazil".
Veja porquê a nossa Educação não decola e porque o candidato à presidência do Brasil Eduardo Campos, decolou e caiu, morrendo horas depois de declarar em emissora televisiva, de maior penetração e recursos (e em horário nobre), de que iria instituir o Ensino obrigatório e em tempo integral nas escolas públicas brasileiras caso fosse eleito!
Agora se revoltar contra os EUA, contra Portugal, é o mesmo que se autointitular "estúpido"! Não é culpa dessas nações se somos incompetentes para mudar esta condição centenária de dependência econômica em relação aos grandes países industrializados.
O Uruguai, Argentina e Chile, para ficar apenas nestes três exemplares, possuem uma qualidade de vida, uma opção de cidadania que nós ainda estamos muito longe de atingir.
O Brasil chegou a uma grande encruzilhada: ou investe maciçamente em Educação ou nossa condição de dependência econômica não mudará tão cedo!
E se pensam que o nosso atual governo está disposto, a igualmente mudar ou redirecionar suas políticas, ainda fica mais difícil de se imaginar. Nunca o Brasil deixou de se preocupar tanto com o nosso próprio destino quanto agora.
Este governo já inicia o ano de 2015 reduzindo os investimentos para a Educação! É absolutamente revoltante!
Marco Antônio Santos De Amorim, 31/03/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário