Dizem que os comunistas, os cientistas e os ateus não acreditam em Deus. Isto é opção de cada um.
Segundo a ciência, o nosso planeta tem a de existência de 4,54 bilhões de anos (mais precisamente 4567 milhões), e que o surgimento do homem se inicia no éon Fanerozoico, da era Cenozoica, do período Neógeno, da época Pleistoceno, há aproximadamente 450.000 anos. Isto equivaleria a uma existência da vida do ser humano, talvez de apenas "segundos", se pudéssemos reduzir a existência da terra em horas. Em porcentagem, o homem e a sua civilização, só existem, o equivalente a 0,01% da idade do nosso planeta!
No entanto, a gente em tão mísero espaço de tempo, já poluímos e exaurimos as riquezas terráqueas em milésimos de segundo. Estamos a cada dia encurtando a vida útil deste planeta a uma velocidade impressionante. Cientistas da Nasa preveem que o nosso planeta só vai durar mais algumas décadas! (http://www.noticiasaominuto.com/mundo/190519/nasa-preve-o-fim-da-atual-civilizacao).
Nem mesmo somos capazes de apreciar as criações do nosso próprio gênio: Um carro é um bem durável. Sentir-se pilotando uma dessas invenções é um prazer para poucos. No entanto, poucos se dão conta do quanto destruímos para podermos ter este conforto. Existem até aqueles que dirigem um carro e não percebem o porquê deste meio de transporte. Não me refiro aos veículos de competição, e nem tão pouco, como se o carro fosse uma armadura disposta a se proteger e agredir (os demais motoristas e o desprotegido pedestre), como se estivéssemos em um duelo medieval.
Poucos também sabem desfrutar verdadeiramente esta maravilha criada pelo homem para servir ao homem. Aceleram desesperadamente, como se estivessem, o tempo todo, sem tempo e por demais ansiosos e estressados.
Poucos são aqueles que sabem perceber, o conforto, a velocidade, a inércia, a potência do motor, a força versus a distância percorrida, apreciar e ver o tempo passar, com atenção e respeito ao obstáculos. Ao menos reconhecendo o quanto avançamos para podermos usufruir de tudo isto!
Assim como as árvores, os animais e até nós mesmos, os objetos parecem ter vida. A mesma matéria que compõe um objeto também nos compõe! Nunca paramos para imaginar o porquê de tudo isto e as suas razões.
Utilizamos todos os confortos da vida moderna, mas não sabemos avaliar a importância de cada um deles, que nos atendem no dia-a-dia. Sem a menor capacidade de sentimento, atravessamos pelas horas, pelos dias e anos, sem nos darmos conta da nossa própria razão de existir.
Nunca paramos para pensar porque estamos vivos aqui? Porque pensamos, porque sentimos? Existimos por existir? Amanhã morreremos e ponto final?
Somos afinal o quê? Somos vida e não somos nada? Pensamos, criamos, amamos, fazemos música e procriamos, tudo isto para quê? Para nada? Simplesmente não podemos viver por viver. Não podemos existir simplesmente para nascer, se desenvolver, e morrer. Tem que haver razões mais do que evidentes para explicar os sentimentos e porquê estamos vivos. Tem que haver razão para a própria maravilha da natureza ser percebida nós, e ao mesmo tempo, por nós destruída.
Se haverá vida após a morte ninguém que já morreu retornou para nos contar!
Mas uma coisa é bastante certa, e a partir do instante que estamos pensando, criando, simplesmente existindo, a mente e a sua evolução, não estariam no patamar que se encontram, se não fosse por alguma boa razão.
Poderíamos ainda estar comendo ervas e frutos silvestres, matando para saciar a fome ou sendo caçado por animais mais fortes. Nunca teríamos dúvidas sobre a nossa existência, apenas viveríamos. Mas em algum instante, surgiu a inteligencia Divina que resultou em tudo isto.
O ateu pode até duvidar da existência de Deus, e seja lá o que for: energia, conceito, luz, espaço ou matéria, porém, com toda a certeza, Deus deve existir!
Marco Santos De Amorim - Brasília, 28 de março de 2015.
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