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domingo, 11 de maio de 2014

"O homem é o lobo do homem"


David Robinson relata em sua biografia sobre Charles Chaplin, o assédio dos ávidos aproveitadores, pelas migalhas deste gênio. 

“...um artigo que apareceu no Pravda e subsequentemente foi publicado no New York Times, no qual Boris Shumyatsky, chefe da organização estatal de cinema soviética, alegava ter visitado o estúdio de Chaplin durante uma viagem a Hollywood e ter convencido Chaplin a mudar o final de Tempos Modernos para torná-lo ideologicamente aceitável.” 

A intenção de Shumyatsky, que servia ao regime estalinista era de “afirmar que ele podia coagir o mais famoso cineasta de Hollywoood e do mundo a refazer seu filme para se adequar ao cânon “socialista-realista”. 

“O artigo do New York Times irritou o estúdio (de Chaplin) o bastante para Alf Reeves (assessor de imprensa de Charlie) fazer uma coletiva de imprensa em que reassegurou aos jornalistas que “ninguém podia dizer coisas desse tipo a Chaplin. Como vocês sabem, ele (Chaplin) tem seu próprio modo de fazer as coisas e suas próprias idéias, sempre”. Ele ainda disse que Shumyatsky encontrou “significados sociais terríveis e profundos” em sequências que tinham a intenção de serem engraçadas”. 

“Mesmo o FBI não levou a sério essa picuinha, embora os apologistas posteriores da campanha reacionária contra Chaplin tenham revivido isso como “prova” de que Chaplin era um servo de Moscou”. 

Charles Chaplin foi acusado formalmente pelo governo norte-americano de comunista, embora não tenha havido indícios sobre a inclinação ideológica deste ator. 

Assim como o gênio do Chaplin, que foi incomodado por ter sido rotulado a favor de “causas”, o homem é vítima do próprio homem. O próprio Shumyatsky foi morto por ordem de Stalin em 1939. 

As ideologias são danosas em vários aspectos, tanto para aqueles que a abraçam quanto para os que as combatem. Somos como gado conduzido por manipuladores e detentores dos poderes. Vítimas inocentes de um processo institucionalizado que ignora o amor pelo próprio semelhante. 

Os homens continuam escravos dos ambiciosos, dos gananciosos, daqueles em que o poder os domina. São pessoas desprovidas de sentimento e de compaixão. 

No interior da nossa alma brasileira se encontra o homem desprovido de formação. Completamente ignorado e a mercê da própria sorte. Não importa o regime ideológico no poder, todos ignoram a educação neste país. Todos dão as costas ao ensino e a instrução deste povo. 

Sai governo e entra governo, sai direita e entra esquerda, e o povo continua abandonado à mercê da própria sorte. No Brasil todos aqueles que tentaram investir em educação acabaram, de uma forma ou de outra, na penúria política. Não existem mesmo perspectivas para que esse povo deixe de ser escravo da ignorância.
 
Charles Chaplin foi um gênio e amava o seu semelhante. Mesmo assim foi perseguido. Sua visão de liberdade estava além de seu tempo. 

A Globo e a estrela do PT.


A Globo perde uma estrela... Dia 4 de abril deste ano morreu José Wilker.

Eu não me encontrava no Brasil nas campanhas eleitorias de 2002 e de 2006, mas na campanha de 1998, José Wilker, sem dúvida alguma, “doava” o seu talento para eleger o Lula, juntamente com, Malu Mader, José de Abreu, Pedro Paulo Rangel, Fernanda Montenegro, Paulo Betti, Bete Mendes, etc. 
 
A imagem é muito importante pois transmite-se instantaneamente. Em nosso país cujos índices de analfabetismo são muito elevados (somos a oitava maior população de analfabetos adultos do mundo), é na imagem, que esses indivíduos irão se balizar. 

O analfabeto assim como os “analfabetos culturais” são vítimas fáceis da imagem. A falta de investimentos maciços na educação em nosso país, escravisa o cidadão, deixando-o vítima do próprio destino. 

O Estado brasileiro já não tem mais desculpas para não investir tudo na educação. Antes a economia era a grande vilã, a grande responsável pelos nossos problemas. Hoje graças aos nossos esforços, graças aos esforços do passado com o Plano Real, a nossa economia está indo bem, e quanto a nossa educação? 

Vejo a educação brasileira, assim como via a nossa economia, nos tempos da antigas missões do FMI: um caso muito grave de interferência em nossa soberania, porém necessária, diante de tanta incompetência dos nossos antigos ministros da fazenda. 

Assim está a nossa educação de hoje, precisando urgentemente de um “plano real”, uma interferência radical, para que seja permitido ao nosso povo de: pensar, sonhar, decidir, optnar, viver livremente, sem a estúpida escravidão e a servidão da alienação, interferência que permita “abrir os nossos olhos” contra os vícios da ignorância. 

O idiota é aquele para qual a imagem substitui a razão. Em um país de idiotas fica muito fácil a manipulação através das imagens. O poder subliminar da “propaganda” vastamente utilizado pelos regimes ditatoriais, tanto de direita quanto de esquerda, são armas poderosas nas mãos desses ditadores. 

Sem quaisquer escrúpulos esses facínoras se utilizam dessas armas (atores, atrizes, músicos, gente famosa, cartazes, símbolos – a suástica nazista é um exemplo disso, cores, logotipos, etc.). Substituir os símbolos nacionais e institucionalizados de Município, Estado ou Governo, por marcas ou logomarcas, como ferramenta para “carimbar” uma imagem nas mentes desprovidas de conhecimento do povo analfabeto ou ingênuo, é hoje, um modismo radical vastamente praticado pelos “políticos tupiniquim”. 

A reboque disso segue a nossa emissora de TV mais famosa. A Rede Globo nasceu e cresceu como um “filhote da ditadura”. Aproveitou-se e se aproveita através dos anos, para se manter ao lado do poder em uma sociedade “dependente” do “ranço autoritário”. 

Esta permanecia através dos anos, sob as sombras dos poderes, me faz lembrar o filme de Woody Allen, “Zelig”: “Nos anos 20 é descoberto um homem, Leonard Zelig (Woody Allen) com a incrível capacidade de mudar de aparência, metamorfoseando-se em alguém similar àqueles que o rodeiam, quer fisicamente (fosse um negro, um oriental, alguém extremamente gordo), quer em termos de aptidões (médico, pugilista, aviador, etc.). O fenómeno torna-se motivo de interesse nos jornais e filmes noticiosos, e Zelig passa a ser conhecido como o homem camaleão” (Zelig, 1983, fonte: A Janela Encantada). 

Assim são os déspotas, “pão e circo”, novelas de manhã, de tarde e de noite, nada além de sexo e bobagens! Se um dia os déspotas “permitirem” que este povo possa ter acesso à educação livre e democrática, neste dia, esses déspotas não mais existirão!

O MODELO

Penso que não se deve adotar o modelo. O MODELO pode servir para uma determinada cultura, e não para as demais. Será que existe mesmo a internacionalização, a multinacionalização, a multinacional, a globalização e tudo mais? Cada cultura navega nesta vida com a sua própria forma de pensar e agir. Não sei se poderemos impor tais modelos “guela-à-baixo”. Mas ao que parece ser o ilimitado para a comunicação, ficará difícil evitar a universalidade da vida. Só a cultura mais forte sobreviverá e prevalecerá sobre as demais.

AO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO


Senhor Roberto Gurgel Procurador-Geral da República.

Venho através desta carta fazer um alerta.

Busco o Ministério Público graças ao grande suporte que esta instituição alcançou, devido a todos nós brasileiros, durante a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que maliciosamente, tentava reduzir os poderes de investigação deste importante Ministério.

O Brasil precisa viver a liberdade. O Brasil precisa se livrar dos ranços autoritários do passado. Não podemos mais viver oprimidos e exilados da verdadeira Democracia!

Ainda vivemos acuados pelas “vontades próprias” impostas por nossos governantes, que se utilizam das instituições administrativas do Estado, para a autopromoção partidária e, verdadeiramente, pessoal.

Refiro-me aos logotipos, às logomarcas, símbolos de identificação partidária em substituição ao brasão governamental. São verdadeiros materiais propagandísticos, criados com intuito ideológico de identificar, de diferenciar, através desses sinais, a presença no seio do Estado, da preferência político-partidária. O Estado Democrático é para todos os cidadãos, e não para os sectários das legendas eleitas, sob as mesmas tão almejadas liberdades democráticas.

Pela Constituição do nosso país, possuímos os nossos brasões que são os identificadores dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O “modismo” atual é pela substituição, ou pela “disfarçada coabitação de concepção propagandística”, através das logomarcas ditas de governo, através de cores específicas, “marcando assim a quem, ou qual partido político”, “pertence” a representação nas administrações públicas.

Não vemos tais símbolos, se não, em estados totalitários, em momentos históricos cuja humanidade busca esquecer e abolir. Refiro-me aos partidos nazi-fascistas, às ditaduras, sejam elas quais forem de extrema-esquerda ou de extrema-direita.

Nosso país precisa evoluir para uma democracia. Não podemos mais suportar governos “identificando” suas administrações como o atual governo do DF está fazendo. O Brasão do GDF foi literalmente substituído por um símbolo partidário, um logotipo visando pura e simplesmente impregnar, partidariamente e ideologicamente, a estrutura administrativa, forçando a todos, agentes públicos e a população, a “aceitar” tais imposições.

São as frotas, os edifícios, os crachás, os documentos administrativos, tudo enfim, “manchados” com as cores e os símbolos subliminares, com um único intuito, o de tornar o que é público em privado!

Infelizmente esta prática está se disseminando em toda a esfera da administração pública, envolvendo os poderes Executivos em nosso país. Uma “contaminação” que precisa ser combatida para o benefício dos cofres públicos e para a construção salutar da nossa liberdade democrática.

Venho inclusive apelar, para a nobre e importante missão deste Ministério, que agora mais do que nunca, e com um respaldo singular recebido do povo brasileiro, na importante missão de nos defender!

Aproveito para cumprimentar o Procurador-Geral da República, o senhor Roberto Gurgel, homem de valor: o Brasil deve-lhe muito respeito!

Muito sinceramente,

Marco Antônio Santos De Amorim









sábado, 22 de março de 2014

Joga pedra na Geni...


"A paz queremos com fervor a guerra só nos causa dor..."

Nunca foi tão humilhante para um militar do que ter que se sentar em frente a um "tribunal da verdade".

Neste último século os militares tomaram a frente em dois episódios marcantes da história deste país, um durante a proclamação da República e outro em 31 de março de 1964.

No meu ponto de vista os militares foram, por assim dizer, influenciados a fazer o "serviço sujo". As elites deste país sempre souberam tirar o proveito da capacidade motriz da máquina bélica abrigada no seio da caserna. Não estou aqui acusando o alto escalão das forças armadas de indivíduos desprovidos da inteligência. Estou querendo atingir o ponto básico onde para um verdadeiro coração combatente, as vantagens e o conforto possibilitados pelo dinheiro, estão em uma escala inferior ao da honra.

"Vamos usar os militares para o momento necessário, para então com a calma, restabelecermos a democracia". Esses dois episódios demonstram claramente esta possível reflexão.

Em ambas as situações o erro foi o apego ao poder. Fica bem claro que a ambição repousa na alma dos homens. Porém enquanto a ditadura se implantou, aos olhos do mundo, o Brasil se tornaria um grande e próspero país. Isto não aconteceu, porém não por culpa dos governos militares. O Brasil de hoje estaria pior sem a infraestrutura estratégica implantada durante este período de vinte anos.

O Brasil de hoje ainda está muito longe da prosperidade da África do Sul, da Rússia ou da China e enchemo-nos de orgulho ao nos considerarmos “emergentes”!

Se pudéssemos levantar dúvidas sobre a necessidade ou não do comparecimento de um oficial do exército brasileiro (na grande maioria na reserva), no banco deste tribunal, eu poderia perguntar onde se encontram as vozes que poderiam nos lembrar sobre "lei não poder retroagir para prejudicar" ou "Lei da Anistia”?

Então este “banco dos réus” pode sobrepor-se às Leis e a própria Constituição deste país? Ou ainda, porque apenas convocam os militares? Onde se encontram “os colaboracionistas” do antigo regime? Sim por que a Lei da Anistia foi relacionada à ditadura civil-militar, Lei considerada “reconciliadora” onde figuras proeminentes como José Sarney, Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, foram igualmente beneficiados.

O pobre “tribunal da verdade” não consegue nem mesmo atingir o objetivo nobre pelo qual foi idealizado, além de ser em si próprio anticonstitucional! A Comissão da Verdade não tem o poder para convocar depoimentos e sim para uma pesquisa histórica com objetivos reveladores apoiados pela Lei do Acesso à Informação.

Mandela ao assumir a presidência da África do Sul poderia se respaldar sobre argumentos bem mais poderosos para se tornar um “revanchista”.

Neste aspecto o governo brasileiro atual parece bem mais preocupado em “lavar a honra” de uma ex-terrorista, obviamente, por esta pessoa ser a atual “presidenta”! O curioso é que as farpas são apenas atiradas contra os militares do exército! Pergunto-me sobre a “verdade” daqueles que colaboraram com o antigo regime, aquelas “crias da ditadura” que enriqueceram, tornaram-se grupos poderosos e que hoje dominam bancos, empresas, rádios, televisões, internet, jornais e revistas?

Acontece que o revanchismo petista não faz acusações apenas aos militares do exército, mas torna a vida amarga também para os descendentes desses militares como eu mesmo. Será que essa gente poderia ter tal margem de poder para acusar as famílias e por conta dessa revanche, encharcar a vida de ódio, além da visão perniciosa e miserável que persiste em cada canto deste país?

31 de março não é uma data para ser realmente comemorada. Não podemos nos orgulhar de uma ditadura seja ela por quais motivos forem. Na alma de um militar do exército mora a honestidade e a honra. Não dá para conciliar tal formação com a ambição daqueles cujos princípios estão em patamares totalmente opostos!

Sendo assim me causa estranheza os militares serem chamados ao restabelecimento democrático. Para em seguida serem os únicos acusados.

Cabe muito bem aqui a letra do músico Chico Buarque de Holanda (um dos maiores críticos da ditadura durante os “anos de chumbo”), “...joga pedra na Geni ela é boa de apanhar ela é boa de cuspir...” mas foi a “a Geni de merda” que evitou do vilão de tudo explodir!

Marco Antônio Santos De Amorim

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Simplicidade.


As plantas são inteligentes.
Elas viverão e embelezarão com o que possuem.
Seja no imenso solo ou em um minúsculo vaso decorativo.

Acessibilidade nas edificações e em nossas vidas.

O termo Acessibilidade é bastante amplo. Assim como são os termos “Ergonomia” e “Sustentabilidade”.
 
Em nosso país, os conceitos de acessibilidade, ainda estão restritos às Normas e Portarias, sem mencionar os arquitetos e empreiteiros, que passam a se familiarizar, movidos pelas exigências profissionais. 

Porém, além dos conceitos básicos já incorporados, os critérios de acessibilidade, não deveriam fica restritos aos “cadeirantes” (palavra a meu ver depreciativa). 

A acessibilidade envolve o bem estar do homem. Desde poder exprimir a sua própria opinião respaldada pelos direitos Democráticos, quanto ao de poder estacionar o seu veículo sem avançar sobre o passeio, privando o pedestre da sua livre circulação, ou de, acabar por arranhar o pára-choque do carro, na parte inferior, devido à exagerada altura dos meios-fios.
 
No Distrito Federal e em Goiás, estado que normalmente circulo, é comum ver pedestres caminhando pelas rodovias. Ante ao risco de se atropelar um irmão, contribuindo assim para aumentar, os já elevados índices de mortes por atropelamentos, bastaria ao motorista observar que, aquele cidadão, não possui opção! Afinal onde estão as calçadas? 

Muitos dos acidentes, principalmente em Brasília, são devidos aos retornos de veículos à esquerda. Os engarrafamentos também são devidos a esses retornos. Carros desejando tomar à esquerda e outros à direita, verdadeiros “X” em curtas distâncias, ocasionando um emaranhado confuso e perigoso. 

Arquitetos ainda projetam vagas de estacionamentos, separando-as por ilhas de vegetação e iluminação com as vagas, como se fossem calçadas, elevadas vinte centímetros do nível do asfalto. Nesta tentativa de organização, acaba por desperdiçar áreas valiosas, ampliam-se as “barreiras arquitetônicas”, e, finalmente, a circulação do pedestre e a do PMR é negligenciada. 

O homem em algum momento de sua existência se torna uma Pessoa com a Mobilidade Reduzida – P.M.R. A Acessibilidade sendo universal, seus conceitos obrigam os projetistas (designers) a não se restringirem às “Pessoas em Cadeira de Rodas – P.C.R”. (parâmetros antropométricos contidos na ABNT NBR 9050:2004, página 5). 

Prefiro utilizar o parâmetro “PMR” da NBR 9050, que a meu ver, é bem mais amplo, e corresponde melhor, ao se reportar às vagas reservadas de estacionamentos, aos sanitários, aos assentos reservados, etc. 

A Pessoa com a Mobilidade Reduzida pode ser uma mulher grávida, uma mãe ou um pai com um bebê de colo, ou com carrinho de bebê, um (a) idoso ou um (a) jovem de bengala, uma pessoa obesa, etc. As barreiras urbanas e arquitetônicas são as grandes vilãs para a maioria dessas pessoas com a mobilidade reduzida. 

Sem desejar enveredar pela crítica a Brasília, o desenho urbano do Plano Piloto, definitivamente, não privilegiou o pedestre. Nem mesmo as artérias rodoviárias permitem a permeabilidade, causando filas quilométricas de engarrafamentos, verdadeiros “entupimentos dos vasos sanguíneos”. A simples inexistência de vias secundárias, ou de um anel rodoviário, revela a rigidez canalizada das vias entre Plano Piloto e as Satélites. 

O próprio discurso sobre os Pilotis, não se fundamenta, pelo fato de que um pedestre não pode circular entre eles, mas por cada um deles. Tente caminhar entre os pilotis sem ter que ser “barrado” por poços de acessos aos estacionamentos subterrâneos, ou por jardins, cercas vivas ou, simplesmente, por não existirem calçadas! 

“Quando a arquitetura não pensa o corpo padece”. Para evitar os semáforos e os cruzamentos, que “maculariam”, talvez, os cânones corbusianos, os nossos urbanistas preferiram criar as “tesourinhas” gerando assim, as centenas de mini viadutos entre as 100-300 e 200-400 das asas Sul e Norte. O custo disso somado daria para pavimentar e calçar, de uma maneira bem mais ampla, e ainda sobraria dinheiro. Além disso, “o pedestre que morra atravessando o Eixão”, pois infelizmente, além da total falta de acessibilidade das Passagens de Pedestres, o medo da violência, inibe o seu uso! 

O nosso país ainda não atingiu uma maturidade civilizada. Muitas das decisões de projeto poderiam focar nisto: o arquiteto é acima de tudo um profissional das ciências humanas, e a sua obrigação fundamental, é o de pensar no bem estar do homem. Talvez forçados pela violência que assola as nossas vidas, os arquitetos projetam barreiras, ao invés de projetar amor. 

Marco Antônio Santos De Amorim                            Brasília, 24 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Anjo ou demônio


DEUS E DEMO

O inferno e o paraíso vivos aqui.

Anjos e demônios coabitam.

O mal e o bem lado a lado.

O ódio e o amor.

A indiferença e a compreensão são vizinhas.

A tristeza e a alegria.

A morte e a vida.

O mal dá as mãos aos ignorantes e o bem é indiferente.

O bem destrói e o mal constrói.

O demônio fabrica e o anjo mantém.

O demônio enlouquece e o anjo ignora.

O anjo reza e o demônio paga o dízimo.

O inquietante aperfeiçoamento e a alienação da estupidez.

O paraíso e o inferno vivos aqui.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Arquiteto ou "cadista"?


Apenas mais uma ferramenta.

Por muito tempo pensei que, para ser um arquiteto, bastaria gostar de desenhar. Só que arquitetura é muito mais do que simples desenho.

Depois pensei que cursando uma faculdade de arquitetura, tirando o diploma, eu já seria um arquiteto. Depois pensei que se eu trabalhasse em um bom escritório, depois de formado, eu absorveria os conhecimentos, e me tornaria tão bom quanto o Lelé, com quem trabalhei durante seis meses, montando escolas pré-fabricadas.

Na verdade mesmo após cinco anos de formado, eu sinceramente, nunca me senti verdadeiramente arquiteto. Na verdade eu sentia que me faltava alguma coisa, algo que precisava ser alcançado.

Descobri longos anos depois, aproximadamente 15 anos, que ser arquiteto é estar compromissado com a profissão. O que seria tal compromisso? Uma constante busca pelo aperfeiçoamento.

Sabe quando um professor te reprova alegando que tua “bela” proposta não é lá grande coisa? Sabe quando você é um jovem arquiteto, e te enviam para fazer um levantamento, que deve durar, pelo menos, uns 15 dias, e tendo, inclusive, de trabalhar aos sábados e sozinho? Sabe quando o teu chefe fala na tua cara, quando você não rende o suficiente, que você não é arquiteto, mesmo após dez anos de formado?

Pois é, você descobre que, ser arquiteto, não é ter um simples diploma na mão. Le Corbusier, Wright não tinham!

Sem compromisso você não é arquiteto, nem doutor, nem professor nem coisa alguma de bom. Você pode até receber o salário no final do mês e sobreviver. Mas a quem você espera enganar?

Hoje muitos estão por ai desenhando e atendendo as exigências. Muitos estão muito bem acomodados. Mas quando são desafiados a “desenhar” uma simples “casa de cachorro”, dão um pulo ofendidos “isto não é missão para um arquiteto como eu”!

Muitos não conseguem ser arquitetos por que, simplesmente, não estão “casados” com a profissão. Muitos estão ali apenas pelo salário ou pelo ganho direto ou indireto. Muitos igualmente só querem ser “arquitetos de prancheta” e desconhecem as infinitas possibilidades profissionais.

Não é o status no qual você se encontra. Muito menos o dinheiro. Você pode até ter dezenas de contas de grandes empresários ou clientes, ser famoso e estar na mídia. Mais nada disso importa se você não possui o “compromisso”.

Este compromisso é o ideal. O ideal é o de oferecer o melhor de você para a sociedade. O compromisso é esquecer o que você vai merecer em troca. Se não houver uma dedicação integral, você jamais será um arquiteto.

Cumprir com este ideal é ter sempre o questionamento, a reflexão, o incansável gosto pela perfeição, procurar sair da “zona de conforto”. Não se faz arquitetura por inspiração e sim com transpiração.

Mal registramos os nossos diplomas e já almejamos estar no mesmo patamar de arquitetos com 20 ou 30 anos de formado. Chegamos aos 30 anos de formado e já queremos projetar como fazia o já falecido Hélio Ferreira Pinto.

Sábios são aqueles que diante do mestre, viram discípulos. Inteligente seria enveredar pela pesquisa, se dedicar ao máximo e sem contrapartidas pelo melhor e amplo resultado.

O que vemos hoje não são arquitetos, mas meros e exímios “cadistas”. Uma total inversão de valor onde o “desenho busca superar a proposta”. Um arquiteto não precisa necessariamente conhecer, ou estar atualizado, sobre a mais recente versão do software de projetação eletrônica para ser arquiteto. Mera ferramenta. Para um arquiteto até um texto pode substituir um desenho e continuar a ser projeto.

Hoje acima do desenho encontram-se as Leis, as Normas, as Portarias, que nos obrigam a sermos cautelosos com os nossos atos decisórios. Prioritariamente não é o desenho que importa, mas as informações normativas e legais contidas no bojo do trabalho. O desenho como referência, passa a ser uma ferramenta a mais, não a única!

Sem os verdadeiros respaldos normativos, sem o apoio das Leis, hoje, não se faz arquitetura, e isto, igualmente, não passa de mais um dos “galhos desta árvore”. Portanto, o conhecimento do arquiteto, é como uma grande pirâmide invertida, e a missão das universidades, é o de mostrar este verdadeiro percurso, longo e árduo, ao ambicioso estudante.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A História nos deixa lições...

A História nos deixa lições...

Não é nada fácil julgar os erros do passado. O clima pós segunda guerra mundial estava bem tenso, e o Brasil, não estava no comando do seu próprio destino, como ainda não está.

Não adianta a esquerda tentar culpar os militares pelos "erros" de um período antidemocrático de vinte anos. Não foi uma vontade histórica isolada. Tudo aconteceu porquê todos que participaram nas decisões pelo golpe político de 64, ou pela posse do vice-presidente Jango, políticos e militares, a sociedade civil, e a forte influência imperialista norte-americana, foram igualmente responsáveis, diretamente, por este período que o Brasil atravessou.

Hoje a chamada "comissão da verdade" só tem farpas para acusar os Militares. Esta "comissão" esquece de acusar os políticos, os empresários e suas empresas, a sociedade civil, tanto antes quando durante este período, que atuaram, para o efetivo progresso econômico do país, quanto para o controle e manutenção, deste período antidemocrático. São duas faces de uma mesma moeda. Mais para a atual esquerda falida brasileira, acusar políticos e empresários colaboracionistas, não faz o estilo politiqueiro, que vigora neste pobre país, de homens fracos e covardes!

Sem querer justificar ou pender a balança, já que sou filho de um militar, mais a história está ai mesmo, para exemplificar, o que realmente motivou, ou as razões, pelas quais os Militares brasileiros tiveram a coragem de "bater o martelo", na decisão pelo golpe político.

Desde de o império, que no seio do militar vigara o amor e a dedicação pelo Brasil. Tiradentes é um exemplo. Após a Proclamação da República, orquestrada tanto na caserna quanto pela igreja, pela maçonaria, pela sociedade política e civil, porém coube aos militares, executar o golpe sob comando de Deodoro. A partir deste momento, a credibilidade da eficiência moral, a probidade dos militares só cresceu no cenário político da velha república.

Floriano, Hermes da Fonseca, Vargas, Mascarenhas de Morais, General Lott, o próprio JK serviu e formou-se no seio da caserna como capitão-médico, Castelo Branco, sem citar os demais presidentes militares pós 64.

Diante de um panorama mundial dividido com a guerra fria, o Brasil mero fantoche (como ainda é, reforço) das grandes potências, não teve muito como se decidir sozinho. Enquanto Jango (hoje elevado a herói estrategicamente pelo governo atual ), negociava a sua volta como vice, e com os direitos constitucionais garantidos para se sentar no "trono", estava com sua comitiva confortavelmente protegida , em um luxuoso hotel parisiense, a desfrutar de conforto, champanhe, vida mundana, e telefonemas internacionais estupidamente caros na época, cumprindo a rotina do conchavo político, que todo safado brasileiro sabe realizar muito bem, a bem gastar e desfrutar do dinheiro público, ignorando a suas vocações socialistas (prática muito bem realizada atualmente pelo PT e adeptos).

O que este homem, igualmente responsável, por este período antidemocrático, pelo qual o Brasil foi obrigado a optar, havia de esperar? Em plena "queda de braços" entre EUA e a União Soviética, este sujeito, ingênuo e estúpido, resolve, como representante legal do Governo Brasileiro, visitar a China Comunista! 

Os EUA que já haviam engolido a condecoração de Che Guevara em pleno solo tupiniquim, não iriam deixar que esta reserva, flertasse com os adversários! Sabedores da força política que os militares brasileiros sempre tiveram, tudo ficou muito claro.

Mais o que mais me revolta contra àqueles que se acovardam diante da verdade, é supor que, um continente como o Brasil, com um suporte logístico militar de norte a sul à época, pudesse se comparar à uma ilha, ainda por cima, com apenas 50% de seu território nas mãos dos EUA, que é Cuba. Se a exportação da revolução comunista cubana não funcionou na Bolívia, porquê os ingênuos militantes brasileiros na clandestinidade, haveriam de supor, que poderia funcionar aqui?

A grande oportunidade da verdadeira Guerra Civil, que poderia ter ocorrido, durante este triste período da fragilidade nacional, foi perdida pela decisão covarde de João Gullar ao fugir com o "rabo entre as pernas" para o Uruguai. O General Peri Bevilaqua, o Tenente-coronel Ignacio Batista Cardoso, o General Oromar Osório, todos esses militares do Exército brasileiro, apoiavam a Rede da Legalidade de Brizola, e esta grande e rica oportunidade, para que este país pudesse mostrar ao mundo, do que o brasileiro é feito, foi jogado fora com um ato de fragilidade e covardia, de um homem, que não possuía mesmo, a força moral para assumir o comando desta nação.

Marco Antônio Santos de Amorim

SUBLIMINAR

Símbolos x Logomarcas

“Os Símbolos Nacionais do Brasil foram definidos na Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971. Além de estabelecer quais são os símbolos, esta lei também fez determinações sobre como devem ser usados, padrões e formatos, significados, etc. Estes símbolos são de extrema importância para nossa nação, pois representam o Brasil dentro e fora do território nacional. Logo, devem ser respeitados por todos os cidadãos brasileiros. Os Símbolos Nacionais são usados em cerimônias, documentos oficiais, eventos e localidades oficiais!”

Mas parece que aqueles que deveriam respeitar este texto constitucional, fazem exatamente o contrário, fazendo o Estado, seu próprio quintal!

É típico de um país subdesenvolvido, e primitivo como o nosso, desvirtuar tudo, em prol de interesses pessoais e ego-centristas (assim como fizeram os nazistas). É o que vemos hoje: a máquina administrativa sendo utilizadas como empresa privada!

O governo eleito pelo voto direto, decide que pode governar em causa própria. A partir de uma total falta de reflexão, tosca e medíocre, ele cria uma identidade visual, uma logomarca, que imediatamente, passa a ser amplamente difundida, como “a cara do meu governo”!

Logo toda a máquina administrativa é “remarcada” com as cores partidárias, que imediatamente, substituem os símbolos constituídos: são tipologias próprias como “GDF” em negrito e nas cores azul, amarelo e vermelho.

O brasão, os símbolos, a bandeira do governo são postos de lado! Ai tudo, absolutamente tudo, passa a receber a “marca registrada” inconfundível e subliminar, indicando que quem está no poder, não é um representante democrático do povo, mas um partido político! O mesmo recurso propagandístico que o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, orientado por Joseph Goebbles, idealizou para unir e aterrorizar o povo alemão entre 1933 a 1945. São ambulâncias, hospitais, escolas, uniformes escolares, documentos, crachás, etc., tudo para identificar e ficar presente, nas ruas e nas mentes, de todos. As empresas de publicidade agradecem! Viva o governo virtual!

Dinheiro farto que poderia ser empregado de maneira efetiva e não eleitoreira. Assim, no próximo mandado, caso assuma o concorrente, por sua vez, decidirá, repintar tudo, outra vez, marcando assim, um território público, em privado. Isto tudo é inconstitucional!

Hitler morreu, mais infelizmente, deixou péssimas lições!

Marco Antônio Santos de Amorim